quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Como a auto-ajuda pode aprovar você no Exame da OAB

Como a auto-ajuda pode aprovar você no Exame da OAB

O doutor Lair Ribeiro é um sucesso que escreve sobre sucesso. Já vendeu milhares de livros vendendo fórmulas de sucesso. E está prestes a cravar mais um triunfo em sua carreira literária com sua nova obra Preparando-se para Concursos Públicos e para o Exame da OAB.


O guru da vez é o psicólogo inglês Tony Buzan, criador de um tal mind map, ou mapa mental, que seria "um método de anotação, de resumo e de memorização de informações". A partir das descobertas de Buzan fica-se sabendo que ao ler um livro "

o segredo é grifar o que é importante e não o livro todo". Ah, bom.

Nós temos oito tipos de inteligência: lingüística, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, muscial, interpessoal, intrapessoal e naturalista.

E para que um concursando precisa saber disso? Para saber que a "faculdade de ser inteligente é inata, mas a inteligência é passível de desenvolvimento". Ou em outras palavras: se você teve uma formação sofrível ao longo de sua vida escolar, não desanime, nós ainda podemos desenvolver suas faculdades mentais.

Há citações também para Tolstoi ("Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si próprio"),

T. S. Elliott ("Só quem se arrisca a ir longe demais descobre quão longe se pode ir") ou Nietzche ("Sem música, a vida seria um erro."),

mas o autor mais citado é ele mesmo Lair Ribeiro, que merece até mesmo a transcrição da orelha de um de seus livros, em versão inglesa, com sua simples biografia.


Apesar de o sucesso não acontecer por acaso, os autores preferem arriscar. Assim, eles dão uma série de dicas para que o candidato acerte o "chute" em provas de múltipla escolha. Coisas mais ou menos óbvias (elimine os absurdos") e outras de utilidade duvidosa ("quando a resposta é em números uma boa dica é calcular a média aritmética das alternativas") ou decididamente aleatórias ("desconfie da letra "A"). O estelionato só não se consuma, porque ao final, vem o conselho óbvio: "o melhor mesmo é estar bem, conhecer a matéria e assim não precisar de nenhum truque na hora da prova".

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