quarta-feira, 8 de outubro de 2008

15 melhores filmes


Confira os 15 melhores filmes de todos os tempos segundo a Empire.

1º - O Poderoso Chefão (1972), de Francis Ford Coppola

2º - Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida (1981), de Steven Spielberg

3º - Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980), de Irvin Kershner

4º - Um Sonho de Liberdade (1994), de Frank Darabont

5º - Tubarão (1975), de Steven Spielberg

6º - Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese

7º - Apocalipse Now (1979), de Francis Ford Coppola

8º - Cantando na Chuva (1952), de Stanley Donen e Gene Kelly

9º - Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino

10º - Clube da Luta, de David Fincher

11º - Touro Indomável (1980), de Martin Scorsese

12º - Se Meu Apartamento Falasse (1960), de Billy Wilder

13º - Chinatown (1974), de Roman Polanski

14º - Era Uma Vez no Oeste (1968), de Sergio Leone

15º - Batman – O Cavaleiro das Trevas (2007), de Christopher Nolan

7 comentários:

CLUBE DA ROSINHA disse...

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CLUBE DA ROSINHA disse...

NUNCA deixe de ler o edital minuciosamente. Conheço candidatos que só não passaram porque não leram as regras para classificação, como proceder com a folha de gabarito, títulos de redações, critério de pontuação, etc.

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3- Chegue ao local da prova bem antes do horário, faça como os mineiros, não perca o 'trem'. Se você chegar ao local segundos antes do fechamento dos portões, posso garantir que seu estado emocional ficará prejudicado.

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4-Em caso de questões com figuras, observe atentamente as figuras, todos os seus ícones, textos, mensagens da barra de status, barra de títulos, etc. Cada detalhe pode ser a diferença. só depois de reconhecida a figura passe para as questões lendo uma palavra de cada vez.

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5-Leia atentamente as questões. Embora possa ser aparentemente verdadeira, um pequeno detalhe no final pode torná-la falsa. Se tiver certeza deste detalhe falso, não perca mais tempo com a questão.

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6-Marque apenas as questões que tiver absoluta certeza. Principalmente as do tipo 'uma errada anula uma certa'(CESPE) Em caso de dúvida passe para a questão seguinte.

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7-Se uma questão parecer demasiado difícil, ignore-a. Evite que a mesma venha a interferir no seu equilíbrio emocional.

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8-Cuidado com expressões do tipo: “sempre”, “geralmente”, “toda vez que”, “removida”, “excluída”, “exceto”, “somente”, “nunca”, “apesar de”, “integralmente”, 'respectivamente', 'uma das formas de', elas podem significar a diferença entre o certo e o errado.

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9-Gaste todo o tempo relendo as questões após finalizar a prova, mesmo que todos os candidatos já tenham terminado. O tempo estipulado é seu e você deve gastá-lo para fazer uma prova satisfatória, sem se preocupar com os demais.

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10-Meia hora, no mínimo, antes do término do tempo de prova, comece a marcar o cartão. Já ouvi comentários do tipo: 'Não deu tempo de marcar todo o cartão' ou 'você acredita que errei x respostas na hora de marcar o cartão?' Primeiro, marque as respostas suavemente a lápis, de forma que se possa alterá-las com facilidade em caso de mudança de ponto de vista ou erro no preenchimento do cartão. Após confirmar suas respostas, reforce a marcação.



11-Em concursos em que um item marcado errado anula um item corretamente marcado, nem sempre o melhor candidato é o que acerta mais. Poderá ser o que errar menos.

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12-Atualmente há uma tendência a classificar candidatos que possuem uma visão ampla dos fatos. Exemplo disso é a mistura de matérias na mesma questão. Você poderá estar fazendo um item de informática e errar por não saber o significado de um termo(português). Exemplo: Valor nominal e valor real. Ou até mesmo uma questão jurídica em plena prova de informática ou um termo aritmético equivocado numa questão de Excel.

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13-Faça rascunhos, desenhe, não tente montar quebra-cabeças na mente. Passe para o papel, desenhe tabelas do Excel e vá preenchendo aos poucos, à medida em que o enunciado for desenrolando.

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14-Cada 'Banca' contratada para elaborar provas possui um perfil diferente, enfocando temas e aspectos diversos. Reúna todas as informações disponíveis acerca do promotor do evento.

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Lembre-se: Por mais óbvio que seja tudo isso, após cada concurso, ouço as mesmas lamentações, sempre pela inobservância dos fatos acima.

CLUBE DA ROSINHA disse...

Parcelamento tributário livra empresário de processo criminal (Diário de Notícias)
O ministro Eros Grau, do Supremo TribunaL Federal (STF), concedeu ordem de habeas corpus contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reconhecendo a extinção da punibilidade de empresário paulista que efetuou o parcelamento de débitos previdenciários.

O STJ havia negado o pedido do empresário à suspensão da pretensão punitiva, sob o argumento de que o parcelamento do débito previden-ciário não poderia beneficiar débitos relativos a contribuições descontadas dos empregados, conforme o artigo 9 da Lei 10.684 de 2003.

O entendimento do STF estendeu o alcance do benefício previsto na mencionada lei para todos os parcelamentos, inclusive aqueles relativos aos débitos previdenciários descontados de empregados. Segundo o relator "as regras referentes ao parcelamento são dirigidas à autoridade tributária.

Se esta defere a faculdade de parcelar e quitar as contribuições descontadas dos empregados, e não repassadas ao INSS, e o paciente cumpre a respectiva obrigação, deve ser beneficiado pelo que dispõe o artigo 9º, § 2º, da citada Lei n. 10.684/03".

De acordo com o processo, o empresário parcelou o débito e quitou integralmente todas as suas parcelas, após o recebimento da denúncia pelo crime de apropriação indébita tributária. No julgamento de primerio grau, o juiz absolveu o empresário por ausência de dolo. Porém, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª região, acolhendo recurso interposto pelo Ministério Público, reformou a sentença e condenou o réu a uma pena de reclusão de 2 anos e 4 meses, substituída por prestação de serviços comunitários.

CLUBE DA ROSINHA disse...

PARCELAMENTO TRIBUTÁRIO
3/7/2008

O parcelamento tributário é um meio legalmente previsto para que os contribuintes possam pagar suas dívidas fiscais, geralmente utilizado por aqueles que não dispõem do total do valor da dívida de imediato, sendo um mecanismo comumente utilizado pelas empresas que buscam e necessitam da regularização de sua situação fiscal.

Na forma disposta pelo Código Tributário Nacional , com as alterações inseridas pela Lei Complementar n.º 104/2001, foi expressamente previsto que o parcelamento é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e será concedido na forma e condições estabelecidas em lei específica, podendo, inclusive, excluir a incidência de juros e multas, desde que assim expressamente disponha a lei que o criou.

Nos últimos anos, tornou-se comum – sobretudo na esfera federal – a criação de diversos mecanismos de incentivo destinados aos sujeitos passivos que possuem débito em aberto com o Fisco federal, tais como REFIS I e II, PAES, PAEX, bem como nas esferas estaduais (por exemplo, no estado de São Paulo, citamos a criação do PPI do ICMS e municipais.

Entretanto, mesmo sob os mais variados e criativos nomes que lhes foram dados, todos na verdade são parcelamentos tributários criados com maiores benesses aos contribuintes (se comparados com parcelamentos regulares que os governos possuem, aqueles em que somente o montante devido é simplesmente parcelado).

Genericamente, como atrativo para os contribuintes inadimplentes com os entes tributantes, são oferecidos um conjunto de benefícios e descontos para aqueles que querem ingressar, tais como: desconto nas multas aplicadas, redução na taxa de juros (substituição por uma taxa menor), redução significativa no pagamento dos honorários advocatícios devidos à procuradoria fiscal e aumento na quantidade de parcelas para a quitação da dívida.

À primeira vista, parece uma oportunidade tentadora para as empresas que estão em situação irregular, já que é vontade natural manter-se em dia.

Mas, o que pode parecer uma oportunidade tentadora e imperdível, poderá transformar-se em um problema muito sério, com conseqüências graves para a empresa, fundamentado basicamente sob dois enfoques:

a) uma vez preenchidos os requisitos para ingresso no parcelamento, a lei que o criou o trata como uma confissão irretratável da dívida, ou seja, o contribuinte que ingressar não poderá mais discutir a dívida tributária objeto do parcelamento, seja em sede administrativa ou judicial (aliás, é comum ser requisito para ingresso nos parcelamentos tributários a desistência de eventuais impugnações/recurso administrativos e ações judiciais que discutem os tributos que serão incluídos no programa de pagamento parcelado);

b) caso o contribuinte não honre o pagamento das parcelas, este será excluído do parcelamento e como penalidade toda a dívida será cobrada de uma vez, restabelecendo os patamares dos juros e da correção monetária anteriormente cobrados.

Desta forma, a opção de parcelar os débitos tributários deve ser tomada mediante a análise de muitas variantes constantes na realidade financeira, econômica e gerencial de cada um, na medida em que se for alvo de um estudo e objeto de um planejamento tributário não há dúvidas em afirmar que o parcelamento tributário pode ser um aliado. Todavia, se tomado como medida desesperada e temerária, certamente se tornará mais um forte inimigo na luta contra a regularidade fiscal e a pesada carga tributária.

CLUBE DA ROSINHA disse...

O que prejudica seu marketing pessoal


Não é somente a aparência que pode prejudicar o profissional. Normalmente, as pessoas que colocam em prática seu marketing pessoal precisam tomar certos cuidados com a maneira como se comportam, uma vez que um simples gesto pode eliminá-lo de um processo seletivo. Várias atitudes podem prejudicar um profissional em situações formais como reuniões, entrevistas de emprego, almoços e jantares de negócios. Entre elas, podemos destacar não estar adequadamente vestido com a formalidade que a situação exige, mascar chiclete, falar sem olhar nos olhos do interlocutor, ser arrogante e autoritário, falar demais, demonstrar ansiedade, consumir bebidas alcoólicas durante jantares e almoços, fumar, chegar atrasado, falar mal de ex-empregadores, assediar o entrevistador, invadir o espaço do entrevistador com palavras ou gestos, colocar objetos na mesa do entrevistador, não desligar o telefone celular ou atendê-lo durante a entrevista, entre outras.

Acne, obesidade e mau hálito são fatores que também influenciam no marketing pessoal, porem, eles podem ser controlados. Pessoas com mau hálito devem chupar uma bala minutos antes destas ocasiões para disfarçar o problema. Evitar comer alho e cebola antes de encontros formais também é uma boa dica. Segundo dentistas, o mau hálito pode ser causado por patologias bucais como cárie, doenças na gengiva ou até por problemas estomacais e fumo. Para resolver esse problema, além de fazer um tratamento periódico, é recomendada a higienização, como uma boa escovação nos dentes, língua, gengiva, bochecha e céu da boca.

Esses fatores podem prejudicar, e muito, o marketing pessoal, principalmente se a pessoa não dobrar a atenção com outros cuidados. A acne não interfere em alguns processos seletivos, mas já a obesidade pode ser fator eliminatório para vagas que exigem uma ótima apresentação. Dificilmente uma empresa contrata um obeso, pois ainda existe um preconceito de que as pessoas acima do peso são mais lentas, transpiram muito e as roupas não ficam elegantes.

Os profissionais interessados em colocar em prática o seu marketing pessoal devem levar em consideração alguns aspectos. É importante mostrar por meio da aparência física o conjunto profissional + marketing pessoal = competência, experiência e aparência.

Uma boa estratégia de marketing pessoal vai desde pequenos atos cotidianos como uma saudação, um aperto de mão, um sorriso e até a elaboração de um plano de marketing pessoal com metas definidas, conforme os objetivos de cada pessoa.

A abordagem que utilizo é humanista, ou seja, de nada adianta vestir uma boa roupa se não tiver etiqueta a mesa. Levando em consideração que esta prática é uma mescla de diversas ações, tanto pessoais, quanto técnicas.

Outro fator de grande importância é o conhecimento. O profissional precisa estar sempre muito bem informado, principalmente sobre o assunto em pauta, no caso de uma reunião ou encontro de negócio. Quanto mais informação souber sobre a reunião e os participantes, melhor. Durante estes encontros, é essencial estar sempre atento a todos os acontecimentos e agir com naturalidade.

O marketing pessoal é a apresentação da sua imagem, o seu cartão de visitas, por isso a importância da aparência. Conhecer a opinião de especialistas em moda e se atualizar com freqüência sobre o assunto são uma das estratégias de sucesso de quem pratica o marketing pessoal. Na dúvida, utilize roupas clássicas, pois a possibilidade de erro é menor.

* Laura Santoro é empresária e diretora da Microrio Informática Unidade Caxias, franquia da rede de escolas de ensino profissionalizante no Rio de Janeiro. Mais informações sobre a autora, acessar www.microriocaxias.com.br ou ligar para (21) 2671-6111.

CLUBE DA ROSINHA disse...

Sem tempo para ser feliz

Sem tempo para ser feliz

por Sylvia Romano


A quebra dos bancos americanos, provavelmente, impulsionará o mundo para uma crise muito pior do que foi o “Crack da Bolsa de 29” do século passado



A quebra dos bancos americanos, provavelmente, impulsionará o mundo para uma crise muito pior do que foi o “Crack da Bolsa de 29” do século passado, quando a grande maioria da população vivia no campo e, não, nas cidades como hoje. “Grifes”, carros, casas, eletrodomésticos e outros luxos não se comem como, o arroz, o feijão, o chuchu e o franguinho que alimentaram nossos avós que, em sua grande maioria, morava em chácaras, sítios e fazendas de outrora.

Os índios pataxós reivindicam terras dos seus antepassados para permanecerem como velhos bugres, indolentes como sempre foram. Os “irmãos menos favorecidos” querem continuar recebendo suas “bolsas esmolas” para também manterem o ócio a que estão acostumados e acomodados. Os políticos seguem aos berros nos veículos de comunicação na esperança de serem eleitos e garantirem uma vida mais segura para si e para os seus “chegados”. O tráfico vai muito bem organizado e continua dando as cartas de dentro das prisões, aumentando cada vez mais o seu poder, hoje até internacional.

Os bancos, então, nem se fala. Estão cada vez mais ricos e divulgando seus altos lucros de agiotagem. E os impostos batendo recordes, são sempre os maiores do mundo. Nosso maior mandatário só viaja e fala, fala muito, mas ninguém quer saber sobre o que, somente os ignorantes é que o aplaudem e os medrosos e dependentes das suas “tetas”. Os escândalos econômicos e políticos aparecem todos os dias e são esquecidos em curto espaço de tempo e servem sempre de cortina de fumaça para coisas muito piores.

Adolescentes são proibidos de trabalhar, mas podem roubar e procriar, pois estudar que é bom é difícil, trabalhoso e poucos querem. Os velhos, estes coitados, é melhor que morram logo, afinal são a grande causa do prejuízo da previdência.

Enquanto isso, fico pensando no tempo que está passando rápido, preocupada com os meus, com o mundo e com o futuro de todos nós. Vejo da minha janela o trânsito, a poluição e a violência da rua. Como ajudar os miseráveis que encontro em cada sinal? Como fazer para que os velhos tenham independência e dignidade? Como confiar nos outros e esperar a ética de todos? Neste novo mundo que vivo, percebo que quase todos estão sem tempo para ser felizes.

Mas tem uma coisa boa: Chegou a primavera. E logo depois, virá o verão, as festas, a praia e o carnaval no fim de fevereiro, o que irá prolongar o tempo de nada acontecer e do nada fazer. Ando pensando que sou muito errada, sempre trabalhei e muito, mas cada vez mais acho que só o ócio, o nada pensar e o nada fazer é o que permite o prazer.

Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

CLUBE DA ROSINHA disse...

O leão vai deixar sua empresa nua

| 04.09.2008

Um novo sistema eletrônico da Receita Federal moderniza a cobrança de impostos e coíbe a sonegação — mas também expõe o caos tributário que sufoca o setor produtivo
Por Roberta Paduan
EXAME

Um novo sistema informatizado da Receita Federal vai começar a mudar — e muito — a vida das empresas em janeiro. A novidade, batizada de Sped, sigla para Sistema Público de Escrituração Digital, determina a transferência para o meio eletrônico de todas as obrigações contábeis e fiscais das empresas, hoje cumpridas com um interminável preenchimento de formulários e livros. O lado positivo da mudança é a simplificação e padronização de muitos processos tributários — o que não é pouco, dado o inferno que se tornou a vida do contribuinte brasileiro. Também deve ocorrer um avanço no combate à informalidade, já que a Receita passará a ter condições de acompanhar eletronicamente a vida das empresas. “O Sped vai limitar o espaço para a sonegação e reduzir a burocracia, o que beneficia as empresas sérias”, diz Carlos Sussumu Oda, superintendente da Receita Federal e responsável pelo Sped. O lado feio do novo sistema — mais uma demonstração do poderio tecnológico do Fisco brasileiro — é o fato de ser implantado sem nenhuma melhoria no caos tributário. A partir do próximo ano, qualquer deslize, fato quase inevitável diante do emaranhado de regras, será imediatamente detectado e passível de punição. “Teremos uma espécie de Big Brother a serviço do Fisco”, afirma Gilberto Fischel, presidente da IOB, consultoria da área contábil. Ou seja, a tecnologia de arrecadação está cada vez melhor. O sistema tributário continua uma tragédia.

Não é para menos que o regime de impostos do país é considerado um dos mais complicados do planeta. São 79 tributos e mais de 5 000 leis para regulá-los, que sofrem uma inacreditável média de três alterações a cada 2 horas (veja reportagem na pág. 48). Num cenário desses, é mais do que esperado que a maioria das empresas cometa algum erro no recolhimento dos impostos ou na hora de prestar as inúmeras informações exigidas pelos vários órgãos arrecadadores com que têm de lidar. A IOB realizou um estudo simulando uma auditoria fiscal sobre as operações realizadas em 2007 por 223 empresas e descobriu que quase todas cometeram algum erro no relacionamento com os órgãos arrecadadores. Os lapsos de procedimento explicam parte considerável das autuações federais, que somaram 95 bilhões de reais no ano passado. Pelo menos um erro, cometido por 94% das empresas analisadas, nada tem a ver com tentativa de sonegação: as empresas simplesmente deixaram de utilizar créditos de ICMS a que tinham direito — ou seja, pagaram ao Fisco mais do que deveriam. Qualquer engano desse tipo será detectado pelo Sped, resultando em mais autuações.

A preparação para a entrada em funcionamento do novo sistema já começou. Foram investidos 127 milhões de reais para desenvolver o Sped, cujo embrião foi a implantação da nota fiscal eletrônica, obrigatória para alguns contribuintes desde abril deste ano — atualmente, 4 800 empresas e suas filiais utilizam o sistema digital. Em janeiro de 2009, outras 45 000 companhias serão obrigadas a usar a nota eletrônica. A convocação das empresas será realizada em levas, começando pelas maiores. Somente as pequenas e as microempresas adeptas do Simples Nacional ficarão de fora. O funcionamento da nota fiscal eletrônica dá a dimensão do alcance que o Fisco terá sobre a operação das empresas. Antes de liberar a nota online, o Sped vai capturar informações sobre o produto que será vendido, seu preço e quem será o comprador. Dessa forma, praticamente todas as transações comerciais das companhias ficarão armazenadas num banco de dados que será utilizado pela Receita e pelas 27 secretarias estaduais da Fazenda.

Além da nota eletrônica, o Sped terá duas outras grandes fontes de informação. As empresas convocadas terão de enviar pela internet seus dados contábeis (todos os pagamentos e recebimentos realizados, o que inclui vendas, compras e salários de funcionários, entre outros) e fiscais (todos os registros de notas fiscais que geraram débitos e créditos de tributos). Ambas as tarefas já são exigidas das companhias, mas na base da papelada. Agora, essas informações serão confrontadas com os dados fornecidos pelas notas fiscais eletrônicas, deixando, aí sim, a empresa praticamente nua sob o ponto de vista tributário. O que as empresas acham disso? “Será um enorme avanço para quem trabalha corretamente, pois, quanto maior for a exposição, mais empresas terão de cumprir as mesmas regras e mais justa será a concorrência”, diz Welson Teixeira, diretor de relação com o investidor da Sadia.

De fato, o Sped tem o potencial de ser uma arma poderosa contra a informalidade. Nem as micro e pequenas empresas, fora do sistema, passarão incólumes pelas transformações. Pela lei brasileira, nenhuma companhia pode vender ou comprar de outra que esteja desabilitada pelos fiscos devido a alguma pendência tributária grave. Ocorre que, na prática, há milhares de empresas que continuam operando e emitindo notas apesar de desabilitadas. Isso deve mudar. A nota fiscal eletrônica consegue verificar online se vendedor e comprador estão autorizados a funcionar. Não há, pelo menos inicialmente, intenção de bloquear a emissão da nota eletrônica em caso de irregularidade. Porém, as informações ficarão registradas no banco de dados e certamente gerarão autuações futuras. Na Wickbold, uma das maiores fabricantes de pães do país, o setor fiscal está levantando a situação tributária dos 5 000 clientes e fornecedores. “Vamos procurar todos os que tiverem problemas e pedir que eles os solucionem”, afirma Ronaldo Wickbold, dono da empresa. “Não queremos deixar de negociar com ninguém, mas também não queremos ser autuados pelo Leão.”

Big Brother eletrônico

O que é e como funcionará o novo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped)

O que é

Um gigantesco banco de dados do Fisco que armazenará informações de tudo o que as empresas compram, vendem e arrecadam de impostos. Seu instrumento principal é a nota fiscal eletrônica

Quem vai utilizar

4 800 empresas e suas fi liais já utilizam a nota fi scal eletrônica. A partir de janeiro, serão 45 000. Além disso, cerca de 17 000 apresentarão pelo sistema digital as obrigações fiscais, e 12 000, as contábeis. Mais empresas serão incluídas gradualmente no Sped

O que muda para o Fisco

Unificação
O Sped colocará à disposição da Receita Federal e das 27 secretariasestaduais da Fazenda o mesmo banco de dados dos contribuintes, facilitando o controle e a fiscalização. Em 2009, começará a integrar também os municípios

O que muda para as empresas

Maior exposição
Com a tecnologia, o Fisco poderá acompanhar mais de perto as transações das empresas. Num país em que há três mudanças de regras tributárias a cada 2 horas, isso pode se tornar uma nova fonte de problemas

Padronização
A integração da Receita Federal com as secretarias estaduais da Fazenda padronizará a maneira de as empresas apresentarem relatórios fiscais e contábeis. Hoje, cada estado exige um relatório diferente

Simplificação
A necessidade de imprimir e armazenar livros contábeis e fiscais será eliminada. No caso da Usiminas, apenas os livros contábeis de um ano somam 343 000 folhas de papel, que, empilhadas, alcançariam 42 metros de altura, o equivalente a um prédio de 14 andares

Desburocratização
Livros fiscais e contábeis passam a ser eletrônicos, e a autenticação — hoje feita levando a papelada para carimbar nas juntas comerciais — passa a ser digital

Essa é apenas uma das mudanças que o novo sistema acarretará às empresas. Uma alteração positiva é que os formulários e relatórios eletrônicos servirão tanto para o Fisco federal quanto para os estaduais. Hoje, cada estado tem uma maneira de pedir informações contábeis e fiscais das empresas. “Com o Sped, a interação será com um único agente do Fisco”, diz Oda, da Receita. Outro avanço é a extinção dos livros fiscais e contábeis. Hoje, eles têm de ser impressos, armazenados e mantidos pela empresa por, pelo menos, cinco anos. “O sistema acaba com a maior parte da papelada que somos obrigados a guardar”, afirma Paulo Penido, diretor de finanças da Usiminas. A siderúrgica mineira, a primeira companhia a fazer a prestação de informações contábeis pelo Sped durante a fase piloto, em um ano deixou de imprimir, encadernar e armazenar 343 000 folhas preenchidas frente e verso. O volume de papel, se empilhado, formaria uma coluna de 42 metros, altura equivalente à de um prédio de 14 andares.

Sucessão de erros

Um estudo da IOB com dados de 2007 revela o potencial de problemas para as empresas com a maior exposição que o Sped trará. Muitas erram no atendimento aos fiscos por não conseguir lidar com a complexidade da legislação tributária

94% das empresas não aproveitaram créditos de ICMS a que tinham direito, ou seja, deixaram de recuperar dinheiro para seus caixas

87% cometeram algum erro na composição da base de cálculo do ICMS, o que é motivo para sofrer autuação

61% comercializaram com clientes ou fornecedores inabilitados por algum fisco, o que leva a autuação

53% preencheram alguma nota fiscal com alíquota divergente da tabela de IPI, que, só em 2007, sofreu 216 alterações

O fato é que as empresas brasileiras estão diante de uma mudança de enormes proporções, e há vários sinais de que esse movimento não tem volta. O Sped está sendo gerado na Receita há quatro anos e, em matéria de atualização tecnológica, o Fisco brasileiro é referência internacional. Nenhum outro país tem um sistema de entrega de imposto de renda tão eficiente quanto o brasileiro. Neste ano,
23 milhões de contribuintes fizeram suas declarações de IR. Desse total, 98% utilizaram a internet. A Receita vive, ao mesmo tempo, no século 21, quando o assunto é tecnologia, e na Idade das Trevas, quando se analisam o caos tributário e o atendimento ao público. A fila para protocolar um pedido de esclarecimento num guichê pode levar horas. A recém-empossada secretária da Receita, Lina Vieira, declarou que uma de suas principais missões é melhorar o atendimento ao público. Recentemente, o órgão passou a trabalhar com agendamentos pela internet, o que reduz a fila física, mas não a demora das respostas. Por essas e outras, muitos erros acontecem, e com eles vêm as indigestas autuações. Como tecnologia, o Sped pode ser muito bom. Mas é urgente que o sistema tributário seja reformulado, a começar pelo emaranhado de leis, a toda hora alteradas.

http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0926/economia/m0167014.html